"Tuus totus ego sum, et omnia mea tua sunt."

quinta-feira, 3 de abril de 2014

- Aprendizado do Dia


São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja 
Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, n° 20, § 2 

«Eu vim em nome de meu Pai, e vós não Me recebeis»

Acima de tudo, meu bom Jesus, amo-Te por esse cálice que bebeste para nos resgatar. […] É esse ato que com mais doçura chama o nosso amor, que o exige ao mais justo título, que o liga em maior proximidade, que o torna mais veemente. Muito sofreu o nosso Salvador nesse dia; tanto não penou o Criador ao formar o Universo inteiro. Ele apenas teve de falar e tudo foi feito, de ordenar e tudo foi criado; o Salvador, porém, teve de afirmar as suas palavras diante dos contraditores, de defender os seus atos diante de uma guarda hostil, de sofrer a tortura diante dos que O escarneciam, de sofrer a morte no meio de insultos. Amou-nos até ao último momento. 

Além disso, não era um amor por alguém em particular, era um amor que Ele dava de Si próprio. Com efeito, «quem antes Lhe deu a Ele, para que lhe seja retribuído?» (Rom 11,35). Como diz ainda São João evangelista: «Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou» (1Jo 4,10). Em suma, Ele amou-nos quando ainda não existíamos, e para além disso amou-nos mesmo quando Lhe resistíamos, como testemunha São Paulo: «De facto, quando éramos inimigos de Deus, fomos reconciliados com Ele pela morte de seu Filho» (Rom 5,10). Se não nos tivesse amado quando éramos seus inimigos, não teria tido amigos, e se não tivesse amado os que ainda não existiam, nunca teria tido ninguém a quem amar.

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"Quando abrimos um livro,
descobrimos que temos asas."
(Helen Hayes, 1900-1993)

Envio e reflexão do Diác. Joaquim Cardoso de Oliveira




domingo, 23 de março de 2014


"Compreendi que o Amor englobava todas as vocações, que o Amor era tudo..."



- Santa Teresinha do Menino Jesus

- Colisão


Preciso ser o oposto do que o mundo é
Bater de frente com os meus desejos
Resistir o mal até o fim
Uma hora ele fugirá de mim

Preciso ser preservador de bons costumes
Evitar as más conversações
Me policiar quando meus impulsos
Ultrapassam o limite da emoção

Preciso guardar meu corpo
Lembrar que ele é um templo santo do Pai
Preciso ter atitude
Largar o meu assento e caminhar com Deus

Hoje é tempo de fortalecer a fé
Colidir com o mundo e ficar de pé
"Mais que conhecer"
Preciso viver a verdade revelada
Hoje é tempo de renunciar meu eu
Lembrar que numa cruz alguém por mim morreu
Hoje é minha vez
Agora sou eu
Vou morrer pro mundo e viver pra Deus ....


quarta-feira, 5 de março de 2014



Ave Maria
Mãe das estrelas
Mãe do céu

Alma doce da natureza
Oh seiva viva que nutre esse chão
Dá a tua luz
A tudo que vive e respira,
Leva a dor do coração

Oh doce mãe estende teu manto,
Nessa terra que tanto precisa de ti
Transforma os corações dos homens
Para que o paraíso aconteça aqui

Santa Maria


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

- Aprendizado do Dia



Homilia atribuída a São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja 
Meditações sobre a Paixão do Senhor, 3 

«Logo brotou sangue e água»


Aproximemo-nos do coração do dulcíssimo Senhor Jesus, e exultaremos e regozijar-nos-emos nele. Quão bom e doce é esse coração! Ele é o tesouro escondido, a pérola preciosa, aquilo que encontramos, ó Jesus, escavando o campo do teu corpo (Mt 13,44ss). Quem pois rejeitará esta pérola? Bem pelo contrário, por ela eu darei todos os meus bens; por ela trocarei todas as minhas preocupações, todos os meus afetos. Todas as minhas inquietações, abandoná-las-ei no coração de Jesus: ele bastar-me-á e providenciará sem falta à minha subsistência


É neste templo, neste Santo dos santos, nesta arca da aliança, que virei adorar e louvar o nome do Senhor. «Encontrei o meu coração», dizia David, «para rezar ao meu Deus» (1Cr 17,25 Vulg). Também eu encontrei o coração do meu Senhor e Rei, do meu irmão e amigo. Como poderia, pois, deixar de rezar? Sim, rezarei, porque, com firmeza o digo, o seu coração pertence-me. [...] 


Ó Jesus, digna-Te aceitar e escutar a minha oração. Leva-me todo inteiro para o teu coração. Ainda que a deformidade dos meus pecados me impeça de entrar nele, dado que por um amor incompreensível este coração se dilatou e alargou, Tu podes receber-me e purificar-me da minha impureza. Ó Jesus puríssimo, lava-me das minhas iniquidades a fim de que, purificado por Ti, possa habitar em teu coração todos os dias da minha vida, para ver e fazer a tua vontade. Se o teu lado foi trespassado, foi para que a entrada nos seja amplamente aberta. Se o teu coração foi ferido, foi para que, ao abrigo das agitações exteriores, possamos habitar nele. E é ainda para que, na ferida visível, vejamos a invisível ferida do amor.

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Hoje: Dia Nacional do Gráfico


"Ninguém transforma ninguém e ninguém se transforma sozinho...
Nós nos transformamos no encontro!"
(Roberto Crema)


"Penso, aliás, que não se deve esperar do magistério papal
uma palavra definitiva ou completa sobre todas as questões
que dizem respeito à Igreja e ao mundo.
Não convém que o Papa substitua os episcopados locais
no discernimento de todas as problemáticas
que sobressaem nos seus territórios.
Neste sentido, sinto a necessidade de proceder
a uma salutar 'descentralização' ".
(Francisco, Bispo de Roma, Evangelii Gaudium nº 16)


Envio e reflexão do Diác. Joaquim Cardoso de Oliveira


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

- Aprendizado do Dia



Beato Jan van Ruysbroeck (1293-1381), cónego regular 
Bodas Espirituais, prólogo 
«Aí vem o Noivo, ide ao seu encontro» (Mt 25,6)

Assim que chegou o tempo de Se compadecer dos sofrimentos da humanidade, a sua bem-amada, Deus enviou à terra o seu filho único, para esse palácio sumptuoso e glorioso templo que foi o seio da Virgem Maria. Aí desposou a nossa natureza e a uniu à sua pessoa a partir do sangue puríssimo da Virgem bem-aventurada. O anjo Gabriel publicou os banhos, a gloriosa Virgem Maria deu o seu consentimento e o sacerdote que celebrou as bodas foi o Espírito Santo. E foi assim que Cristo, nosso fiel Esposo, Se uniu à nossa natureza, nos visitou em terra estrangeira (Lc 1,78) e nos instruiu de maneira celeste e com fidelidade perfeita (Jo 6,68-69; 1Cor 24.30).

Penou e combateu contra o nosso inimigo como valoroso campeão e assim lhe anulou a devastação (Sl 80,14) e lhe arrebatou o prémio da vitória (Is 40,10). Com a sua morte destruiu a nossa morte, resgatou-nos com o seu sangue e nos libertou, no batismo, pela água do seu lado (Jo 19,34). Pelos seus dons e os sacramentos que nos deu, fez-nos ricos (2Cor 8,9) a fim de que, ornados de todas as formas de virtude, saíssemos ao seu encontro, como nos diz no Evangelho (Mt 25,6) e O encontrássemos no palácio da sua glória para aí estarmos com Ele eternamente.

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"A paciência é a melhor maneira de vencer."
(Santo Antônio de Pádua)

"Senhor, deixei-me enganar, de mil maneiras fugi do vosso amor,
mas aqui estou novamente para renovar a minha aliança convosco.
Preciso de Vós. Resgatai-me de novo, Senhor; aceitai-me mais uma vez
nos vossos braços redentores. (...) Deus nunca se cansa de perdoar,
somos nós que nos cansamos de pedir a sua misericórdia."
(Francisco, Bispo de Roma, "Evangelii Gaudium" nº 3)

Envio e reflexão do Diác. Joaquim Cardoso de Oliveira