Beato Jan van Ruysbroeck (1293-1381), cónego regular
Bodas Espirituais, prólogo
«Aí vem o Noivo, ide ao seu encontro» (Mt 25,6)
Assim que chegou o tempo de Se compadecer dos sofrimentos da humanidade, a sua bem-amada, Deus enviou à terra o seu filho único, para esse palácio sumptuoso e glorioso templo que foi o seio da Virgem Maria. Aí desposou a nossa natureza e a uniu à sua pessoa a partir do sangue puríssimo da Virgem bem-aventurada. O anjo Gabriel publicou os banhos, a gloriosa Virgem Maria deu o seu consentimento e o sacerdote que celebrou as bodas foi o Espírito Santo. E foi assim que Cristo, nosso fiel Esposo, Se uniu à nossa natureza, nos visitou em terra estrangeira (Lc 1,78) e nos instruiu de maneira celeste e com fidelidade perfeita (Jo 6,68-69; 1Cor 24.30).
Penou e combateu contra o nosso inimigo como valoroso campeão e assim lhe anulou a devastação (Sl 80,14) e lhe arrebatou o prémio da vitória (Is 40,10). Com a sua morte destruiu a nossa morte, resgatou-nos com o seu sangue e nos libertou, no batismo, pela água do seu lado (Jo 19,34). Pelos seus dons e os sacramentos que nos deu, fez-nos ricos (2Cor 8,9) a fim de que, ornados de todas as formas de virtude, saíssemos ao seu encontro, como nos diz no Evangelho (Mt 25,6) e O encontrássemos no palácio da sua glória para aí estarmos com Ele eternamente.
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"A paciência é a melhor maneira de vencer."
(Santo Antônio de Pádua)
"Senhor, deixei-me enganar, de mil maneiras fugi do vosso amor,
mas aqui estou novamente para renovar a minha aliança convosco.
Preciso de Vós. Resgatai-me de novo, Senhor; aceitai-me mais uma vez
nos vossos braços redentores. (...) Deus nunca se cansa de perdoar,
somos nós que nos cansamos de pedir a sua misericórdia."
(Francisco, Bispo de Roma, "Evangelii Gaudium" nº 3)
Envio e reflexão do Diác. Joaquim Cardoso de Oliveira
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